Povoa Galaxy 6-3
Povoa Galaxy entrou a perder tal como sucedeu no primeiro encontro, porém conseguiram ir para o intervalo empatados a uma bola, numa primeira parte em que se notou a essência desfalcada da equipa do Galaxy, sendo que adaptações tiveram de ser efectuadas à última da hora face a essas ausências preponderantes.
Um jogo mais medíocre a nível defensivo no primeiro tempo permitiu um jogo em que o Galaxy sofresse mais do que seria de esperar, porém aos poucos o jogo foi evoluindo e com base nessa mesma situação a segunda parte mascarou-se e os fantasmas da ópera entraram em acção e viraram o jogo com poucas situações individuais em prol da consistência geral de equipa e conseguiram 3 jogadas quase seguidas em equipa que a bola rolou por todos e por cada um até aninhar-se na rede do guardião adversário.
As múltiplas alterações começaram a fazer efeito na segunda parte, sendo que a equipa conseguiu criar mais linhas de passe e inclinar o campo. De apontar, a evolução defensiva e a posterior demolição no meio campo, quando começaram a moer o jogo e a avançar em situações de vertente mais flanqueada.
Aurélio apesar de alguma intranquilidade e cometer alguns lapsos esporádicos, conseguiu efectuar defesas que mantiveram a moral da equipa em crescente, facto que despoletou a vanguarda ofensiva para a demolição por 6 tentos.
Esperava-se um pouco mais de Bacar, ainda que jogando parte de seu jogo numa posição alterada, facto que não elimina a multiplicidade de toques em excesso utilizados como último homem. No segundo tempo, numa posição mais ofensiva e natural, conseguiu apagar muitos dos momentos mais nervosos que teve no primeiro tempo e encarrilar para uma exibição mais auspiciosa com alguns recortes mais nobres. Espera-se um maior entrosamento na próxima partida com os restantes membros.
Sarah, contra as expectativas, revelou um desgaste maior a nível defensivo e nem sempre conseguiu demonstrar a qualidade e estabilidade defensiva demonstrada em outros tempos. Numa subida e descida inconstante, conseguiu garantir no seu primeiro jogo o tento do empate que garantiu uma subida de moral que originou a remontada posterior. Assim, como a restante equipa, acabou por efectuar uma parte mais razoável impondo o seu físico e estilo de jogo. Acabou por sofrer uma grande penalidade que não foi assinalada, numa partida em que o árbitro não se mostrou condescendente com as faltas cometidas pelo adversário dentro da área.
Kris esteve menos soberano do que na partida anterior, mas ainda conseguiu inventar uma finta a 30 metros de distância do adversário e posteriormente desferir um remate portentoso do meio da rua que acabou por ser num momento relevante do jogo. Conferiu uma maior consistência, nesta partida, em termos de moer o jogo, tal como se pedia nesta ocasião em que a equipa sentiu a ausência dos jogadores que desfalcaram a defesa. É sempre muito complicado quando se joga com uma equipa mais embebida de posições mais atacantes fora dos contextos. De mencionar adicionalmente, que esteve menos bem a nível cognitivo quando pressionou desnecessariamente a equipa, destabilizando por momentos os mesmos, sendo que uma partida não é ganha no curto prazo, mas sim numa mentalidade de médio prazo. Uma perspicácia mais avant-garde aguardar-se-á do brasileiro.
Valente esteve num bom nível nesta sua estreia, mostrou consistência nas suas introduções e desenvolvimentos da partida e entrosou-se com os colegas, porém sendo um extremo nato encontrou menos espaço dado que esteve numa posição mais central, ainda assim de assinalar múltiplas jogadas que originou linhas de passe que se tornaram decisivas na toada do ataque. A nível defensivo e mais colado às laterais, por onde passa muito do seu jogo quer atacante, quer defensivo, cumpriu com os requisitos prévios da partida.
Eddy, porventura terá sido um jogador de 8x80 e potencialmente ainda que possa ser polémica a escolha do melhor jogador em campo, recai sobre o mesmo. Hoje mais virado para as alas como se esperava nesta partida, criou sem dúvida um maior entrosamento com os colegas de encontro ao seu potencial nato. Apontou 2 golos e foi o orquestrador que, a par de Valente, pautou muito do jogo; porém sendo ele um jogador de explosão, detonava e adormecia, sendo que a hibernação não tomava proporções negativas na equipa, mas afectavam a sua componente mais individual e assim sendo ao contrário da partida anterior jogou mais em prol da equipa do que para si mesmo, obtendo um rácio de eficácia maior.
Nelson Motta, como a maioria dos restantes Galaxies, jogou em posição de constante ataque e defesa e efectuou as triangulações necessárias que providenciaram jogadas que culminaram com ataques decisivos. Ainda assim, teve duas perdas de bola, em que uma conseguiu efectuar um corte em pleno e outra bola em que teve de ser dobrado por Xavy e Kris. Apontou um golo, numa jogada que começa a ser convencional do Póvoa Galaxy tal como sucedeu noutras partidas, tudo com base nessa trigonometria que menciona de forma constante e em que os agentes matemáticos funcionam na perfeição.
Augusto, foi o jogador que jogou um pouco contra a corrente de jogo do Galaxy, ou seja, foi o elemento mais predominante no primeiro tempo e andou mais perdido na segunda parte. Não se pode dizer que foi uma sombra da sua partida anterior pela execução dos 3 golos, dado que conseguiu criar ligações de defesa-ataque e acabou por nessa segunda parte em que esteve mais apagado prender os defesas que o rodeavam, abrindo espaços para que Kris, Valente, Eddy e Roberto pudessem potenciar as suas qualidades. Respeitante ainda ao seu jogo defensivo, tirou um golo claro ao adversário num posicionamento exemplar no campo que desafogou a entrada mais forte da equipa adversária.
Xavy, um jogador ainda muito emocional, até namorou com o árbitro que lhe confessou “estarem a ganhar por 6-3 e que não era falta, mas por pena assinalou”; conseguiu em posição distinta o jogo mais elementar dos presentes nesta partida, conferiu agressividade nos seus approaches à bola e estimulou as transições. À imagem do que Robbie efectuou na primeira partida, delineou a jogada mais perfeita a nível individual ao ultrapassar 5 oponentes, porém pecou no último passe, no caso para Sarah, e embrulharam-se nessa jogada que teria sido um dos melhores golos da sua curta carreira.
Carlos “Ali”, que veio munido da sua fiel companheira e fotografa, em imagens a conferir neste espaço, conseguiu apontar um jogo muito bom, predominantemente a nível defensivo, novamente relembrando que a sua posição natural será numa linha mais avançada. Não comprometeu e com Nelson Motta e Xavy conseguiram até solidificar um espaço, defensivo no caso, que não faz parte de seus terrenos mais predilectos e de onde brota o seu potencial. Investiu ainda em alguma jogadas de ataque que acabaram posteriormente por levar o perigo à equipa adversária. Expectativas criam-se em torno da sua qualidade ofensiva a despoletar na próxima partida numa equipa mais composta para garantir que o seu apetite atacante possa ser saciado.
Roberto Falcão, apontou um golo de belo efeito ao emitir um remate colocado num lance de bola parada. Esteve um pouco mais mexido nesta partida, sendo que pecou somente na hora de devolver a bola e marcar o seu posicionamento flanqueado. De notar, que consegue maximizar mais o seu potencial quando se cola à linha do que quando quer vir fechar ao meio numa incursão ofensiva. Espera-se que continue a evoluir nesse sentido.
Foi um jogador mais inteligente, mas quando mete água, face à procura do contacto, Penha de França perto da professora Patrícia parece ser o destino mais próprio para o Falcão que exibe. Piscina.
Criou mais espaços e jogadas que passaram muito pela consagrada jogada de sombra que Valmont menciona imensas vezes, sendo que esteve muito mais acima do seu nível da partida anterior e mostrou, sem margem para dúvida, um maior jogo em equipa.
Povoa Galaxy quando diminuiu a velocidade do seu tempo de jogo conseguiu encontrar resultados mais fluentes, reflexão do seu potencial, do que quando aplicou um jogo mais extenso. Este tempo pressupôs um jogo mais directo e a criação de linhas de passe mais concludentes que consagraram as finalizações que originaram o placard final.
O Povoa Galaxy apresenta neste momento um rácio de eficácia por jogo de 7 golos marcados vs 2,5 golos sofridos.
Menções finais embebidas nos livros de formação de treinadores das Federações Inglesa, Francesa e Americana de futebol:
“A skillful approach to playing soccer should be emphasized, even though this may result in conceding goals or losing games in the short term. During the assimilation process, ball control and passing can lead to more costly mistakes. At the same time, the coach can manipulate the level and variety of the competition to ensure that players and teams are being given the opportunity to win and to lose games.
What I hear I forget,
What I hear and see I remember a little;
What I hear, see and ask questions about
or discuss with someone else, I begin
to understand;
What I hear, see, discuss and do, I acquire
knowledge and skill;
What I teach to another, I master.
(Adapted from the Chinese Philosopher Confucius)
The yelling and unfounded approach, while might be “successful” in the short term fails the players in the medium/long run because the environment and confidence does not allow the players to develop the tools they will need to be truly “competitive” i.e., prepared to deal with the game…”
Author’s note: I remember Sir Bobby Charlton telling me at my former
“The advice given to each player is very important. The coach must be careful of his language in order to help the players understand his methods. No yelling is tolerated.”
Um momento de reflexão.
God Bless You all
God is Faith and Love is blessed. Valmont 22:04
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